sexta-feira, julho 17, 2009

Serra da Estrela Flashback... Junho 2009

O Parque Natural da Serra da Estrela foi criado em 16 de Julho de 1976.
Teoricamente, existem percursos sinalizados para que o "pseudo-turista" possa aventurar-se nos trilhos da Serra. Infelizmente, a realidade é bem diferente pois não existem folhetos ou mapas com informação básica e essencial sobre as grandes rotas e respectivas variantes que podemos encontrar no parque.
O mapa...

O melhor que consegui pelas entidades do Parque foi uma folha A4 com alguns rabiscos feitos ali na hora para ver se me calavam. No terreno, a sinalização é antiga ou inexistente e foram várias as situações em que me arrependi de não ter arranjado um mapa militar no mercado negro.
Apesar de tudo, esta dificuldade em obter informação tem as suas vantagens pois obriga-nos a explorar ao sabor do vento, paramos para falar com as pessoas com que nos cruzamos e acabamos por encontrar algumas surpresas bem agradáveis.

Vale do Sameiro

Com o acampamento base montado na margem do Rio Zêzere, mais precisamente em Valhelhas, é possivel realizar algumas caminhadas bem interessantes até ao vale do Mondego e arredores. Os caminhos nesta zona do parque são fundamentalmente estradas florestais, no entanto os percursos mais bonitos e refrescantes são só conhecidos pelos habitantes locais, longe dos caminhos principais.

Vale do Mondego.

Bernard e Josephine, este simpático casal Francês, acompanharam-nos numa das nossas incursões pela serra, equipados com todo o tipo de material de montanha, inclusivé uma bomba para extrair veneno... não vá sermos atacados por uma cobra capelo ou uma lagartixa assassina de sangue frio, quem está habituado a outras "altitudes" vem preparado para tudo.
A única coisa para a qual não estavam preparados era a falta de sinalização dos percursos, no entanto as cerejeiras que iamos encontrando ao longo do caminho iam fazendo as delicias deste casal.

Vale de Manteigas

No final, para quem quiser vir passear à Serra da Estrela... que venha sem pressas, aqui o tempo corre devagar, os rios são frescos até ao osso e as subidas são sempre longas.

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